Era água, argila e todo o tempo de transformação.
O primeiro movimento de Vicente soa como um martelar dessa matéria que parece ainda não ter forma.
"Meu martelo!
Eu não consigo tirar esse martelo, eu não consigo!"
Nesse amassar, a argila se transforma em corpo...
Martelo deixado de lado, Vicente decide:
"Eu vou fazer um bebezinho!"
Já havia nascido da argila o bebezinho.
No entanto, parece ser tempo de começar uma nova transformação. Com cada vez mais água, surge da argila uma piscina. E com um olhar atento às novas ondas daquele lugar inconstante, Vicente procura criar com cuidado a piscina para o bebê.
"A piscina não ta boa!"
Mesmo assim, Vicente leva o bebe para a piscina, mas este chora e parece não gostar. Vicente, tenta acolhe-lo . E retirando-o do contexto, compartilha com Ludo:
"Ei, olha o meu bebe, Ludo!
Ele ta todo molhado. Ele foi na piscina!"
De volta ao seu espaço, Vicente e o bebezinho parecem testar a piscina mais uma vez!
"Ele quer acabar com a água da piscina!"
No que parece ser mais uma transformação, Vicente se aproxima da piscina. Com seu vento tenta movimentar a água em mais uma tentativa de remodelar aquele lugar.
"É que a piscina é dele (do bebezinho). E ele que decide quem fica. E ele decide que ninguém fica, só ele."
Ele busca o material que faltava. Aquele espaço precisava de mais água!
Vicente volta e parece conhecer essa transformação. A água deve estar naquele lugar.
"Tem muita piscina!"
É nesse momento que Vicente levanta, observa em volta. Como se pensasse em mais um movimento de transformação, algo que pudesse mudar, ele pergunta:
"Cadê a água?"
É então que Ludovico, vendo o movimento de Vicente de água e argila em transformação, lhe pede:
L: Me dá a piscina? Eu preciso de piscininha.
V: Eu boto! Eu boto!
L: Neste buraco. Muito!
Ali, no lugar que Ludovico aponta, que surgirá sua piscina. Eles parecem saber de todo o cuidado necessário para esse momento.
É espaço cavado com argila e muita água.
Está feita!
Os dois meninos, suas piscinas e todo o tempo de transformação.
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