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Educação Infantil

Aqui as crianças descobrem o mundo por meio do movimento e das múltiplas linguagens. Uma criança que tem tempo e espaço para brincar, com uma abordagem que preza a liberdade, sente-se valorizada em suas descobertas e potencialidades. Uma criança com vez e voz em todo o processo de aprendizagem.

O brincar é o cenário e a forma como a criança vive, experimenta, interpreta e participa dos espaços sociais. O individual e o coletivo, a relação consigo mesmo e com o outro que se constrói no cotidiano. Quando a criança brinca ela está inteira, ela vive através da fantasia o real. Ela busca sua interpretação do mundo e das relações. Quando a criança brinca ela lida com os sentimentos, com seus medos e alegrias, ela entra e sai de diferentes papéis e assim se desenvolve. Brincando ela se constitui, percebe-se como única através do reconhecimento do outro.

Alfabetização

Na Escola Ateliê Carambola, entendemos que o processo de alfabetização começa muito antes das crianças aprenderem a ler e escrever de forma convencional. Alfabetizar, para nós, é ampliar a capacidade de leitura do mundo, é criar relações entre linguagem, pensamento e experiência. É fazer com que cada criança se reconheça como alguém que tem algo a dizer, a perguntar e a imaginar.

Ler exige repertório. Desde muito pequenas, nossas crianças são convidadas a mergulhar em boas histórias, com narrativas potentes e ilustrações criadas por artistas visuais, compreendendo que a imagem também é texto — e que a leitura vai além da decodificação de letras. Essa exposição precoce à literatura de qualidade amplia vocabulários, emoções e interpretações sobre si mesmas e sobre o mundo.

O nome próprio, no Grupo 4 e no Grupo 5, se torna o primeiro grande texto: íntimo, afetivo e cheio de sentido. A partir dele, a criança se reconhece no universo das letras, cria vínculos com a escrita e inicia uma jornada de descoberta simbólica e pessoal.

Acreditamos, como nos ensina Magda Soares, que é preciso garantir um ambiente de letramento: vivo, cheio de referências reais, com textos que circulam, que fazem sentido, que provocam perguntas. A alfabetização que nos move não é apressada nem mecânica — ela é orgânica, relacional, enraizada na experiência e no desejo de comunicar.

Na Carambola, as linguagens da Arte têm papel central nesse processo. O desenho, por exemplo, é um gesto inaugural de escrita. Antes de serem códigos, as letras foram traços, imagens, símbolos criados por alguém. Assim, desenhar é já escrever o mundo à sua maneira — é treinar o olhar, a escuta, a invenção.

Queremos mais do que leitores de palavras: queremos crianças que pensem. O pensamento divergente, que formula hipóteses, cria metáforas e provoca o novo, é o solo fértil para que o pensamento crítico floresça. Nosso propósito é ensinar as crianças a pensar — com liberdade, profundidade e sentido.

Unidade II

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